sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
Conto G.
sábado, 15 de novembro de 2008
Gotas
Eu e as folhas do meu caderno
E as letras
Que se perdem se encontram se misturam
E formam um mundo povoado
Por sentidos construídos, friamente calculados
Para tapar buracos criados pelos requisitos
Da tão clamada modernidade
Onde estão meus amigos?
Pela mesma pessoa de novo.
Mas juro que dessa vez vou me reprimir.
Comprimir até minimizar ao máximo - e sumir - de novo.
Momento de desejo constante que não se realiza e-
Como você sabe-
Não se realizará.
E a única coisa que eu consigo pensar é na seguinte pergunta:
O que fazer para acabar com essa saudade?
Desabafo urgente
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Linda
Todos diziam que ela poderia ser modelo. E ela sempre soube que, de fato, sua beleza tinha serventia. Mas ela queria usá-la apenas para si. Não queria usar o seu poder em troca de dinheiro, para o bem de terceiros. Porque, ao mesmo tempo, ela sabia que beleza não era nenhum valor de caráter. Ela nasceu com aquela cara, ela cuidava daquele corpo. E era tudo externo e sem querer. Não havia esforço. Portanto, não havia mérito.
Mas e os homens? Os homens a colocavam num pedestal. Ela ficava alta. Sempre inalcançável. Sempre acima do plano de todos. Sempre mais. Parecia que sempre se curvava a eles. E todos sempre demonstrando devoção àquela beleza altiva e sempre se distanciando dela por acreditarem que ela era, realmente, boa demais.
Mas e ela? Ela tinha o poder da sedução. Era um sorriso, uma piscadinha, e ela conquistava o mundo. Mas ela se sentia só. Porque ela queria SER conquistada. Ela queria um homem que tivesse a coragem de chegar até ela e acreditar que ali, dentro daquele corpo, havia algo bem melhor e mais valioso do que aquilo que podia ser visto. Mas isso não acontecia. Pois os homens têm medo de perder o controle... e todos se descontrolavam perto dela...
Um dia ela foi ao açougue. Distraiu-se vendo o açougueiro com aquela faca na mão destroçando as partes do boi. Que força. Que corte certeiro. Era preciso fazer um ângulo maior com o braço para que a força fosse suficiente. Afinal, era um boi; eram ossos, eram carnes, eram músculos... e era preciso tudo isso para poder cortá-lo em pedaços... e foi interrompida por ele que, num tom descontraído, porém malicioso, perguntou:
-Precisa de alguma coisa, princesa? Algum pedaço desse boi?
A pergunta foi seguida por um sorriso e por mais um corte exemplar de quase todas as habilidades daquele açougueiro.
Ela ficou lá, parada, como se aquela cena tivesse consumido todo o seu raciocínio. Sua boca um pouco aberta. Seus olhos brilhantes. E seu corpo quente com há muito não ficava.
Ele a olhou de novo. Ela continuava olhando para ele. Agora nos olhos. E ele entendeu tudo.
-Quer que manda entregar, rainha?
E foi assim; ela deixou seu endereço no açougue. E ele sempre vai lá, suado, sujo de sangue, entregar para ela o pedaço de carne que ela tanto desejou. E ele nem quer saber se ela é isso ou aquilo. Ele chega perto dela. Ele pega nela. Sem medo. Afinal, ele esquarteja bois...
domingo, 26 de outubro de 2008
o que dizia a minha avó
Acho que por ler muitos livros clássicos, que têm aquele ideal de mulher nobre em seus atos, em suas intenções e sempre numa posição de resguardo, como se realmente fosse preciso se defender de algum perigo que espreita, eu tento me parecer com elas. Mas, na verdade, me guardo não por medo de algum perigo, e sim porque acho que o que é meu tem valor demais pra ser distribuído para muitos. Mas com isso acabo tendo que guardar tudo isso só pra mim, e isso acaba me fazendo mal também.
Já que “nenhum homem é uma ilha”, e por mais que eu não seja “obrigada a relacionar”, guardar tudo que é meu só para mim causa uma overdose, uma intoxicação. E o remédio para isso é justamente o que eu tenho tentado evitar: entregar algo de mim a alguém.
Um dos itens que me levaram a essa reflexão:
A música do Tremendão, tantas vezes já tocada, ouvida de bobeira um certo dia, me deu uma aflição, porque eu percebi estar agindo exatamente como a mocinha do enredo e fiquei com medo...
Vale ver o clipe!
Sei que você fez os seus castelos
E sonhou ser salva do dragão
Desilusão , meu bem
Quando acordou estava sem ninguém
Sozinha no silêncio do seu quarto
Procura a espada do seu salvador
Que no sonho se desespera
Jamais vai poder livrar você da fera
Da solidão ...
(...)
Filosofia e poesia
É o que dizia minha vó
Antes mal acompanhado do que só
Você precisa é de um homem
Pra chamar de seu
Mesmo que esse homem seja eu ...
Um homem pra chamar de seu
Mesmo que seja eu ...
domingo, 19 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Fico olhando praquele rastro sem saber se quero retirá-lo do meu chão, pois é a prova de que ele esteve ali. Aquele rastro é a prova de que ele ainda se lembra...
domingo, 12 de outubro de 2008
O Matador
O Matador:
Com apenas um olho aberto ele mira o alvo.
Com o cérebro ele atira.
E acerta.
Bem no coração.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
domingo, 5 de outubro de 2008
Caminhos e caminhadas
domingo, 28 de setembro de 2008
Secret Heart
by FEIST
Secret heart
What are you made of
What are you so afraid of
Could it be
Three simple words
Or the fear of being overheard
What's wrong?
Let'em in on your secret heart
Secret Heart
Why so mysterious
Why so sacred
Why so serious
Maybe you're
Just acting tough
Maybe you're just not man enough
What's wrong
Let'em in on your secret heart
This very secret
That you're trying to conceal
Is the very same one
You're dying to reveal
Go tell'em how you feel
Secret heart
Come out and share it
This loneliness, few can bear it
Could it have something to do with
Admitting that you just can't go through it alone
Let'em in on your secret heart
This very secret
That you're trying to conceal
Is the very same one
That you're dying to reveal
Go tell'em how you feel
This very secret heart
Go out and share it
This very secret heart
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Fase 4
Devo esperar???
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
homenagem a um grande amigo (titi)
Meu time off das dores do cotidiano
Meu travesseiro lugar quente pra chorar
Meu curta-metragem de comédia com pipoca e guaraná
Meu andar descalça na grama num dia quente ao entardecer
Minha falta de vergonha de ser como eu sou de verdade e
Minha quase certeza de que eu sou demaixxx mesmo assim
Minha vontade de ficar à toa ouvindo poesia
Meu (segundo :P ) poeta favorito
Meu amigo de fé, irmão, camarda
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ninguém me ama
Ninguém me quer
Ninguém me chama
De Baudelaire.
( fonte: http://www.hortifruti.org/zines/022.htm)
Fase 1
- Esse cabelo ta feio pra demais!
E foi fazer café rindo. Porque agora ela ria. Ria muito. Começava a rir logo de manhã, todos os dias quando via no espelho aquele cabelo cor de fogo laranja fosforescente que, por estar muito curto, ficava praticamente em pé. E não havia nada nesse mundo de Deus capaz de abaixar aquele cabelo. Então só lhe restava rir. E esse era o problema mais divertido que ela já tinha tido na vida. E passava seu tempo livre tentando encontrar cores de roupas que ela pudesse vestir sem ficar parecendo uma “coisa” ; apesar dos dias em que ela fazia justamente ao contrario, acrescentando um reforço na maquiagem, e indo pra rua totalmente drag. E amava!
- Nada como poder extravasar e mostrar isso na cara, e acabar com esse descompasso entre imagem e estado de espírito!
Fase 2
Seu maior prazer era, de tempos em tempos, agir de forma subversiva, ou quebrar o marasmo social, simplesmente agindo de forma inesperada, como no dia em que ela brigou com um cara que queria furar uma fila enorme, promoveu um debate coletivo sobre o acontecido, e o cara, coitado, acabou indo embora e as pessoas todas felizes por terem impedido essa pequena, porém significativa desonestidade.
Enfim, ela descobriu que estar com as mais diferentes pessoas, ampliar suas habilidades de convivência, é bem mais construtivo, bem mais válido do que se moldar ao gosto de um indivíduo, o que só faz nos limitar.
Foi por isso que, quando Marcos ligou para ela, exatamente 45 dias depois de sua partida chocante, ela fez questão de conversar com ele olhando no espelho.
Fase 3
- Alô?
- (Silêncio)
- Alô!
- ( voz rouca) Júnia...
- Oi.
- (Soluços)
- Fala. O que foi?
- Descobri que não consigo viver sem você.
- (Silêncio)
- Você está me ouvindo.
- Tô.
- Eu quero te ver. Você pode me ver? Vamos nos encontrar?
- Vamos.
E ela foi. Colocou uma roupa bem colorida. Viu marcos de longe, com uma cara de dar dó. Com uma rosa na mão. Ela se aproximou, com seu cabelo laranja pra cima ( que ele ainda não conhecia), rindo, leve. E ele lá, com a mesma cara, pesado.
- Essa rosa é pra mim?
- É.
- Obrigada! Arrancou o caule e colocou a flor no cabelo, enquanto ele olhava para ela, em silêncio, desconcertado.
- Você queria me falar alguma coisa importante , Marcos?
- Você está tão diferente...
- É porque você nunca tinha me visto feliz.
Ela estava de pé, ajeitando a flor no cabelo. Viu que ele não tinha mais nada para dizer. Deu-lhe um beijo na testa, disse “tchau” e foi embora, rindo por fora e mais ainda por dentro.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Cabelo
“Preciso saber de você. Quero saber se você sente minha falta. Quero saber se você ainda me beijaria. Quero, não. Preciso. E talvez seja, exatamente por eu precisar, que você desaparece assim, sem deixar nenhum rastro, sem nenhuma possibilidade de encontro. E o pior é que você me conhece. E você sabe que eu preciso de você. Só ainda não descobrimos por que... só não sei ainda por que preciso de você... Talvez, a razão do seu sumiço seja essa... Enquanto a minha necessidade grita, eu não consigo pensar. A minha necessidade fala mais alto que eu, ela se sobrepõe a mim como uma mão de carrasco que me prende a correntes pesadas, que não me deixam ser livre para caminhar. Eu só consigo arrastar e sentir em meus pés o peso do mundo, que é o tanto que pesa a sua ausência. Como pode uma falta ser tão pesada, não é mesmo?”
Junia acordou, descabelada como sempre. Mas agora não era bonitinha assim. A graça de acordar descabelada tinha ido embora com Marcos, que também levara o seu livro favorito (que, realmente, era dele). Até o SEU livro favorito era dele... Até suas idéias favoritas eram dele... e com esses pensamentos, a preguiça de pentear os cabelos, e uma vontade de sair na rua assim, descabelada, desarrumada e desesperada , feito uma louca silenciosa , para mostrar pra todo mundo o seu estado de espírito naquele dia, bagunçado como seus cabelos... e a única coisa que ela conseguia pensar era:
É FODA SE ENTREGAR POR COMPLETO PRA ALGUÉM QUE A GENTE SABE QUE UM DIA VAI EMBORA E VAI LEVAR TUDO COM ELE E VAI DEIXAR PRA MIM SÓ A CARCAÇA, COMO SE FOSSE O SUFICIENTE PRA EU CONSEGUIR SOBREVIVER. E O PIOR. SE ELE FOI EMBORA ASSIM, PODE SABER QUE O QUE ELE LEVOU DE MIM, ELE VAI DESPEJAR NA PRIMEIRA LATA DE LIXO QUE ELE ENCONTRAR. POIS, NESSE MUNDO, UMA ALMA NÃO FAZ SENTIDO SEM UM CORPO. A ALMA ELE LEVOU. O CORPO FICOU COMIGO. O QUE QUE EU FAÇO AGORA?
Decidiu ir ao cabeleireiro. Sentou-se na cadeira.
- Corta e pinta de vermelho, por favor.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Brasileiro
sábado, 30 de agosto de 2008
Finlandês e a cabecinha
(banda finlandesa "TENHI" de folk progressivo )
!!! ??? !!!!!!!!!!!!!!!!
Minha consciência fala mais de uma língua. Eu entendo bem o português e o inglês. El español más o menos . Mas várias são as vezes em que ela fala comigo em francês. É por isso que eu PRECISO aprender francês. Porque eu percebo uma importância quando ela começa a falar comigo em francês. Mais je ne comprends pas...
É por isso também que eu parei de beber. Quando eu bebia ela vinha em línguas nórdicas. Pra cerveja, o alemão: “mit dem Trinken aufhören”, ela dizia... e eu não entendia.... MIT DEM TRINKEN AUFHÖREN!!!! E eu ria... ria...KKKKK!!!! Sem a menor noção do que ela tava dizendo... ! E pra vodka, o finlandês: “lopettaa juominen, LOPETTAA JUOMINEN!!!!” Aí eu até assuntava um pouco mas achava graaaaaaçaaaaaa e depois esquecia tudo... kkkkk kkkkkkkk. Até que um dia, eu estava sóbria, era uma quarta-feira de manhã, e ela começou a falar comigo em finlandês :
HUOLEHTII SINUSTA ENEMMÄN!!!
Fiquei chocada.
Aí, com medo da minha consciência falar finlandês pra sempre, eu parei de beber... agora é só o Frances, mesmo, que eu não entendo...
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Qui suis je?
Boa ou ruim de fato? Boa, porque não desejo o mal, compreendo e aceito as falhas, acreditando que a perfeição, se for um ideal, serve apenas para frustrar qualquer um que a espera? Ou ruim, por ser egoísta, por não me comover com a dor do próximo, acreditando que cada um tem a sua cruz para carregar, e a qualquer possibilidade de pesar a minha cruz ( que é leve, leve) com algo alheio, corro, como o próprio diabo?
Feliz ou triste? Feliz por ter saúde, trabalho, família e um amor, ou triste por esse amor ser tão longe, tão fora do meu alcance, me matar de ausência e me deixar oca por dentro?
Culpada ou inocente? Inocente por ser tolerante com o próximo, ou culpada por tolerar um próximo que me esgota completamente?
Excepcional ou medíocre? Excepcional por conseguir me virar sozinha, ter uma profissão e não ter patrão? Ou medíocre por saber que estou longe de dar o meu melhor e, ainda por cima, ter uma vontade louca de largar tudo pra trabalhar num brechó em N.Y., só pra ficar vendo as pessoas e os dias passarem ouvindo música, mascando chicletes e, principalmente, sem pensar de mais...
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Cigarro I
Sentou no meio fio e, olhando para os carros que passavam na avenida, bem perto de seus pés, ficou se lembrando de seus três últimos namorados.
-Namorados porra nenhuma. Disse, soltando a fumaça com raiva. O único que prestava era o R. Quer dizer... prestava mais ou menos. Era bom. Muito bom. Só me envolvi com ele porque tava numa fase de crise de consciência. precisava agradar minha mãe. Mostrar pra ela que eu era capaz de arrumar um namorado que desse pra apresentar pra família e levar nas festas de natal. E o pior é que ele adorava isso. Ele e minha mãe formavam um time. E o cara ainda mandava bem na cozinha. E tinha um jardim. E me fazia fumar muito, de tédio.
Depois veio o B. Um gato. Lindo de morrer. Educadíssimo. Todas as minhas amigas ficaram horrorizadas quando o conheceram. “Muito gato esse cara”, “que sorriso”, “ai que inveja”, “como você tem sorte”. E isso alimentava a relação. Ele falava errado, escrevia errado. Não sabia o que era fuso-horário e ainda inventava versos de amor depois do sexo. O que me fazia fumar e dormir logo em seguida.
Ai conheceu o Jorjão. Pô. Parece até brincadeira. Jorjão. J-O-R-J-Ã-O. Cara de mau, mão calejada, braço naturalmente musculoso .Cheiro de homem. Não tinha jardim, não sabia cozinhar, não fazia poesia. Só de pensar ficava arrepiada. Foi ele que fez isso comigo. Foi ele que me deixou louca. Falava que me amava. Falava que achava feio uma menina tão linda fumar. Parei. Falava que eu era a menina mais linda que ele conhecia. Ele me chamava de menina. E eu, com quase 30, me sentia a própria menina nos braços daquele que veio e me roubou, me pegou pra ele e fez de mim o que quis. Porque eu deixei, claro... só porque eu deixei... até que um dia ele me disse que tinha acordado pensando em mim, e que era melhor “a gente parar de se ver porque eu já to saindo com outra “menina”. Aí eu deixei ele ir. E passei a fumar um maço por dia. Só de raiva do Jorjão
Cigarro II
- Você continua linda, hem...
Coração disparado, boca seca, sangue no rosto
- Ta linda demais... cheirosa... À medida que ele se aproximava para sentir o perfume de seu pescoço, Lurdinha ia perdendo a força nas pernas e se entregava de novo ao abraço de Jorjão que, o-por-tu-nis-ta, lhe deu o seu melhor beijo.
...
- Bom te ver, menina. Te ligo qualquer dia.
E Lurdinha lá, parada no meio da rua, com cara de otária, olhando ele se distanciar sem nem olhar pra trás. Sem nem ter dito o nome dela. Será que ele lembrava do seu nome? Puta que paril.
Lurdinha , nervosa, quase tremendo, parou na banca e catou suas moedas no fundo da bolsa. Não dava pra comprar os dois. Então ficou em dúvida entre o chocolate e o cigarro.
Sentou no meio fio e, sentindo os carros que passavam na avenida, bem perto de seus pés, ficou ali, tentando assimilar o acontecimento.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
respiração
(re)partida
réquiem
O namorado de F acorda, num quarto de hospital vazio. Ele esta na cama. Não consegue articular um pensamento, chegar a alguma conclusão. Não sabe por que está ali. Fica quieto. Com certeza F. vai aparecer para explicar o que está acontecendo. E, segurando sua mão, ele sabe que pode enfrentar qualquer coisa. Desde que tenha a mão de F. para segurar. Espera. Dorme.
Acorda. Ainda sozinho. Sem nenhuma mão para segurar. Espera mais um pouco. Um médico, sua mãe segurando sua mão, e a notícia de que F. não virá. Não virá porque já não respira mais. Porque não existe mais nesse mundo de carne, osso, pêssego, morango e algodão.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
O cubo, a esfera e a pedra
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Duo
Como tudo o que é relação de duas vias, há 50 por cento de um lado, 50 por cento do outro. Se há desequilíbrio, a relação é desigual e vira exploração ou se estabelece a posse.
Questionamento1: onde se estabelece a verdade? No fato em si ou na crença?
Na crença. A verdade existe pra quem acredita nela, e não no fato em si. Pois o fato ocorrido pode, até mesmo, não existir se não for contado. Uma vez não testemunhado e esquecido – ou guardado-, como considerá-lo? Por outro lado, um conto inventado, se crido, pode se tornar uma verdade tão verdadeira que o acontecimento se torna dispensável para a sua existência.
Questionamento 2: Como saber se o fato relatado é verdade ou não?
Se você acreditar, é verdade. Se não acreditar, não é. Simples assim.
Simples assim?
Cabe tudo dentro?
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Nó
domingo, 10 de agosto de 2008
Nostalgia
Sou da old school!Cresci acostumada com caras que só chutavam a bunda de uma mina depois de darem, no mínimo, uma pegadinha nela. Aí vc vem com esse papo mole pra cima de mim, como se eu fosse alguém que precisasse desse tipo de cuidado...caralho...!
Que medo é esse de fazer de mim "só" mais um gozo? Será que um de nós - ou nós dois- realmente não daria conta de fazer um do outro "só" mais um prazer? Porque um prazer nunca é SÓ um prazer... e , no fim das contas, você me fudeu do mesmo jeito... antes tivesse me dado pelo menos mais um gozo...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
VHHHHHHHHHHHHHHHHHH (onomatopéia de um suspiro profundo)
Um trechinho: " Yes, there were times I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall
And did it my way"
(Sim, houve horas,eu sei que vc sabe,
Quando eu mordi mais que eu podia mastigar
Mas, entretanto, quando havia dúvidas
Eu engoli e cuspi fora
Eu encarei e continuei grande
E fiz do meu jeito)
Abismo (me)
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Cru
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Fluxo
quarta-feira, 23 de julho de 2008
terça-feira, 22 de julho de 2008
Don´t belive the hype
... e um ligadão...
Estimulante composto por extrato de guaraná, jurubeba, catuaba, marapuama e mel. Elimina o Stress, o cansaço físico e mental, revigorando e estimulando seu desempenho físico e sexual. Tomar meia hora antes do "desempenho".
Deite no puff mais próximo à caixa de som, e durma, ao som de sintetizadores e tecladinhos nem wave, esperando ser acordado pelo último que sair do local; a sinceridade desse momento se manifesta no comentário que o que dormia faz, ao ser acordado:
“Pô, já acabou a festa? Tava boa, né? Pra onde a gente vai agora?”