sábado, 15 de novembro de 2008

Gotas




Solidão do mundo moderno
Eu e as folhas do meu caderno
E as letras
Que se perdem se encontram se misturam
E formam um mundo povoado
Por sentidos construídos, friamente calculados
Para tapar buracos criados pelos requisitos
Da tão clamada modernidade


Onde estão meus amigos?


***



Nota "antiga":


Apaixonada de novo.
Pela mesma pessoa de novo.
Mas juro que dessa vez vou me reprimir.
Comprimir até minimizar ao máximo - e sumir - de novo.



***


A distância é um tormento.
Momento de desejo constante que não se realiza e-
Como você sabe-
Não se realizará.

E a única coisa que eu consigo pensar é na seguinte pergunta:



O que fazer para acabar com essa saudade?


***


Eu me recolho como folhas secas num monte. Ficam ali pra sempre. Quietas. Recolhidas.


Desde que não vente.

7 comentários:

Anônimo disse...

gostei
muito bom!

Anônimo disse...

Gostei de seus poemas, gostei mesmo!

Um abraço!

http://daniel.a.s.zip.net

Fábio Flora disse...

Que textos bacanas! Precisos, contidos... Parabéns!

Edu França disse...

Eu não sabia que vc escrevia poemas, eles tem um fim inteligente, todos, mas este último é preguiçoso "desde que não vente"... que vente forte na sua babilônia! Sorriso lindo!

Alessandra Allegr!a disse...

Poesia faz bem, mesmo quando traduz uma dor alheia.
Saber rimar o amor vai além de escritas fúteis.
Gostei dessa estética, de versos curtos.
Uma linha que não é reta, traduz muito mais um sentimento, do que aquilo que tem o ritmo extato dos compassos predestinados.

A.d.o.r.e.i

PHANDORA BOX disse...

RAPAZ É GRATIFICANTE SABER QUE NEM TUDO ESTÁ PERDIDO, DESCOBRIR QUE PESSOAS COMO VOCÊ COM A CAPACIDADE DE EXPANDIR SABEDORIAS EM UMA PAGINA... EM UM BLOG É FORTIFICANTE.

Contos de F. disse...

Obrigada, Davi! Fico muito feliz pelas suas palavras!