Meus dedos agora ficam suspensos no ar com seu esmalte descascado, pois já não há encontro, não há boca, não há mais nada. Uma brisa bate fazendo -os esfriar e a correnteza quente de sangue não pode mais correr - mas corre.
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Escondo meus sentimentos na multidão - multiplicidade de indivíduos múltiplos, porque ninguém é só um - pra ver se é possível estancar, como represa, o rio que vai em minhas veias. Na multidão, descubro que é vital que o rio continue correndo. Descubro também que esse fluxo só será saudável se seu curso for desviado. Então, nada de represa; apenas o desvio do meu rio, para fazer florescer outras margens...
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