segunda-feira, 22 de setembro de 2008


Começo a ouvir novamente as batidas do meu coração. Ele voltou a respirar livremente. Há muito tempo preso numa caixa, reprimido por quatro paredes, ele sentia dor, mas conseguiu ser maior. Conseguiu ultrapassar essas paredes e sobrepor sua pulsação àquelas barreiras que eram impostas pela razão de sua própria dona. Como se ela fosse responsável, realmente dona daquele coração... Mal sabe ela que quem manda ali é ele, e que ela, por mais rebelde que seja, não irá, nunca, poder se erguer a ponto de dominar aquele que bate. Se um dia ele quiser parar de bater, será porque quis. Se um dia ele resolver gritar, enlouquecer, não haverá razão capaz de contê-lo. Então para que insistir? Então para que cercar esse coração que sempre vence, que sempre será o guia nas horas das decisões mais difíceis... preciso tanto de você, coração... porque, nas horas de solidão, é você que quebra o silencio e me revela os segredos que eu não consigo decifrar sozinha. E mesmo que tudo pareça escuro, improvável , impossível, é a sua batida que me faz acreditar que , assim como o mar, a existência das coisas vai além da visão e sempre é preciso coragem. Principalmente coragem para acreditar que, mesmo no silencio e no invisível, as coisas acontecem...

2 comentários:

Katarina disse...

Lindo o texto. Obrigada pela visita.
Não está sozinha nessa jornada.

Unknown disse...

parabéns!

vc escreve muito bem!

continue escrevendo!

abraços,

Larissa Guimarães

www.larissaguimaraes.com.br