Um amigo disse que tenho muito da infância em mim. Eu nunca acredito que as questões transparecem para os outros. Mas isso acontece. Daí, quando menos se espera, vem um observador e relata tudo aquilo que a gente acha que ta escondido lá no fundo dos nossos compartimentos. Os poros exalam todas as nossas verdades para quem quiser lê-las. Os olhos transmitem toda a nossa essência para quem consegue interpretá-los. Mas o engraçado é que, ás vezes, a gente precisa justamente é de alguém pra apontar o dedo na nossa cara e falar. Ou pegar esse mesmo dedo e cutucar todas as nossas feridas pra gente sentir que elas ainda estão lá. O Alex fez isso comigo ontem. De uma forma despretensiosa, enquanto eu falava sobre um desentendimento com o meu pai, eu falei que eu precisava matar o meu pai (simbolicamente). Eu estou num momento de definir novos paradigmas, de resolver todas as pendências da minha vida. E o meu pai provocou uma situação a partir da qual eu senti a necessidade de colocar a nossa relação em xeque. Daí o Alex me manda uma dessa: você tem muito da infância em você. E aí eu saquei tudo. Eu entendi todas as terapias que eu já fiz na vida nessa frase do Alex. Agora, com 29 anos, faz sentido pensar nessa história, porque agora chegou o momento de definir, posicionar e, finalmente, crescer pra valer. Ir pra vida adulta pra valer, sem essa âncora que me prende à infância. Obrigada, Alex. Você me deu a chave. Agora tenho só que descobrir como abrir essa porta. Ou fechar. Depende do ponto de vista.
sábado, 1 de agosto de 2009
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